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Foto do escritorAlex Lima

Julgando pessoas



Uma Senhora ia fazer uma viagem de avião e, no caminho da sala de embarque, resolveu comprar uma revista e um pacote de biscoitos.

         Já na sala, sentou-se numa poltrona para descansar e ler um pouco enquanto o vôo não era chamado.

         Ao lado dela, sentou-se um homem e, quando ela pegou o primeiro biscoito, ele também  pegou um. A Senhora sentiu-se ultrajada, mas não disse nada e apenas pensou: “Que sujeito abusado e atrevido”.

         A cada biscoito que ela pegava, o homem também pegava um e a Senhora ia ficando tão irritada que não conseguia reagir, e seu rosto crispado deixava à mostra toda a sua revolta com aquele homem.

         Restava apenas um biscoito e ela pensou: “O que esse cara vai fazer agora”?

         E, então o homem pegou o biscoito e partiu-o ao meio deixando a outra metade para ela. Ela não suportando mais aquela situação, fechou a revista com fúria, pegou sua bolsa e dirigiu-se ao embarque.

         Já dentro do avião, ela sentou-se à sua poltrona e, para sua surpresa, seu pacote de biscoito estava intacto em sua bolsa. A vergonha e sentimento de culpa vieram à tona no vermelho da sua face e não havia mais como se desculpar.

         O homem havia dividido os biscoitos dele sem se sentir revoltado ou indignado enquanto ela bufava de ódio por julgar errada a sua situação.

 

Não julgueis, para que não sejais julgados. Pois, com o critério com que julgardes, sereis julgados; e, com a medida com que tiverdes medido, vos medirão também. Por que vês tu o argueiro no olho de teu irmão, porém não reparas na trave que está no teu próprio? Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, quando tens a trave no teu? Hipócrita! Tira primeiro a trave do teu olho e, então, verás claramente para tirar o argueiro do olho de teu irmão. Mateus 7:1-5


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